Sara Maia vence prémio para Melhor Tese de Doutoramento em Estudos Culturais

A docente convidada da ESEC, Sara Vidal Maia, foi distinguida com o Prémio Internacional em Estudos Culturais Virgínia Quaresma na categoria de Melhor Tese de Doutoramento em Estudos Culturais.

Sara Vidal Maia, docente da licenciatura em Turismo, refere que “é com grande satisfação que tomo conhecimento de que fui agraciada com o Prémio Internacional em Estudos Culturais – Virgínia Quaresma, promovido pela Universidade de Aveiro, com o apoio da Rede Internacional em Estudos Culturais (RIEC) e da Rede Nacional em Estudos Culturais (RNEC), sendo a sua primeira edição patrocinada pela Direção Regional de Cultura do Centro.”

Este prémio é atribuído de dois em dois anos nas categorias de “Carreira” e “Melhor tese de doutoramento em Estudos Culturais”. O prémio “Carreira” foi atribuído a Eduardo Lourenço, filósofo e ensaísta, falecido em dezembro de 2020. Para Sara Maia “esta atribuição honra-me duplamente, visto que, em simultâneo, nesta edição do Prémio, é atribuído o reconhecimento Carreira/Personalidade ao Professor Eduardo Lourenço, um grande pensador da cultura portuguesa.”

A sua tese intitulada “Relações de Poder e Identidade(s) de Género: A sociedade ‘matriarcal’ de Ílhavo na década de 1950”, foi defendida em 2016, no Programa Doutoral em Estudos Culturais das Universidades de Aveiro e do Minho.

Sobre o tema da sua tese, a galardoada esclarece “Quando se pensa sobre sujeitos, as suas relações com o Outro e a sua vivência em comunidade, existem várias opções epistemológicas, teóricas e disciplinares nas quais esse pensamento se pode alicerçar. Porém, nenhuma delas é tão completa, transversal, flexível e empiricamente tolerante como a que é apresentada pelos Estudos Culturais. Esta é a principal razão pela qual o quadro teórico e epistemológico dos Estudos Culturais foi o escolhido para sustentar a minha investigação, que procurou discutir o cruzamento entre as relações de poder e as questões de género em Ílhavo, tantas vezes aclamado como o lugar onde a mulher assumia, em meados do século XX, uma posição de destaque social.

E tal como naquela época, ainda hoje as problemáticas relacionadas com o género, o feminismo e a masculinidade necessitam de ser refletidas e descolonizadas. Por estas razões, regozijo-me pela minha tese (que tem o género como temática principal) ser reconhecida, valorizada e laureada com um Prémio Internacional na área dos Estudos Culturais que tem o nome de Virgínia Quaresma, uma mulher de extrema importância na história nacional e além-fronteiras.”