Inspiring Alumni – Fernando Silva (Comunicação Organizacional)

A minha experiência ensinou-me que é preciso ter alguma resiliência ou, se quisermos, paciência.
O mercado de trabalho pode ser bastante ingrato para quem está a começar, por isso é preciso estar preparado para algumas barreiras. Depois, gostar muito do que se faz. A paixão pelo que fazemos é basilar para mantermos a vontade e a curiosidade.

Fernando Silva é licenciado em Comunicação Organizacional pela Escola Superior de Educação de Coimbra desde 2012, atualmente desempenha a função de redator publicitário/copywriter na agência Uzina.

Qual a sua situação profissional atual? Pode fazer uma breve descrição do seu percurso profissional?

Atualmente, e desde março deste ano, encontro-me a trabalhar como redator publicitário/ copywriter na agência Uzina. No meu estágio profissional — ainda em 2012, após terminar o curso — tive uma breve experiência como assistente de marketing numa escola de inglês para crianças, em Coimbra. Desde então, o meu percurso profissional foi sempre feito em agências de publicidade de Lisboa. Nestes oito anos tive oportunidade de trabalhar em agências nacionais, como a FunnyHow e a Pepper, mas também em estruturas internacionais como a Fuel ou a Wunderman Thompson. Desde 2018 que sou também formador de copywriting e conteúdo na EDIT Lisboa.

Qual a importância que atribui ao curso de Comunicação Organizacional, para o seu percurso profissional?

O curso é bastante abrangente, na medida em que nos oferece uma visão ampla para diferentes áreas. Hoje, trabalhando numa agência e tendo contacto com marcas, mercado e pessoas, essa vastidão de conhecimentos é muito útil. Porém, diria que o mais importante para o meu percurso foi a vertente prática. Os trabalhos feitos em diferentes disciplinas, além da componente teórica associada a cada um, obrigaram-me a lidar com prazos, trabalhar em equipa e expor ideias. Estas valências são utilizadas no meu dia-a-dia e valorizadas no mercado.

Quais as melhores recordações/experiências que guarda do percurso académico na ESEC?

Julgo que toda a vivência académica. Tive a sorte de, desde o primeiro dia, ter tido um grupo de trabalho muito próximo que, até hoje, continua a ser um grupo de amigos.

Que sugestões daria a um estudante de Comunicação Organizacional para uma melhor integração no mercado de trabalho?

A minha experiência ensinou-me que é preciso ter alguma resiliência ou, se quisermos, paciência.
O mercado de trabalho pode ser bastante ingrato para quem está a começar, por isso é preciso estar preparado para algumas barreiras. Depois, gostar muito do que se faz. A paixão pelo que fazemos é basilar para mantermos a vontade e a curiosidade.

Como surgiu a ideia de participar nos Young Lions Portugal?

No mercado publicitário, as competições de jovens criativos são, provavelmente, a melhor forma dos novos talentos mostrarem o seu valor a agências, marcas e também a um júri composto por alguns dos melhores profissionais da área. No caso dos Young Lions, falamos da mais conceituada competição de jovens publicitários a nível mundial e uma oportunidade única de, em caso de vitória, representar o próprio país no maior festival de publicidade do mundo, em Cannes.

Além da distinção alcançada este ano, também em 2016 e 2019 foi premiado com medalha de prata e ouro respetivamente, pode resumidamente explicar em que consistem os projetos apresentados?

Tratando-se de uma competição de criatividade, existem várias áreas em competição. No meu caso, de todas as vezes que tive oportunidade de participar, escolhi a categoria digital. Em 2016, a distinção foi conseguida com uma ideia onde se incentivava à utilização do Continente Online através da criação de moradas de entrega para pessoas sem-abrigo. Já em 2019, o objetivo era trazer alunos internacionais para os cursos da Nova School of Business & Economics. A ideia apresentada, que nos deu o primeiro lugar e a possibilidade de representar Portugal em Cannes, tinha o mote “Hack Your Parents” e utilizava os possíveis futuros alunos da escola como parceiros para convencer os seus pais a inscrevê-los nos cursos da instituição. Por último, já este ano, foi apresentada uma campanha para os centros de formação Flag onde se explicava ao público as vantagens da formação à distância através da primeira série interativa e ao vivo transmitida integralmente na plataforma Teams.

Como se sentiu ao receber as distinções que lhe foram atribuídas?

Muito bem, claro. É sempre gratificante ver as nossas ideias reconhecidas, ainda mais quando se trata de uma competição onde se valorizam critérios como a inovação e a criatividade.