Alunas da ESEC distinguidas com 1º prémio e menção honrosa no Vidrala Master Glass Design Contest

Catarina Santos, aluna da Licenciatura em Arte e Design foi a vencedora da 7ª edição do Vidrala Masterclass- Design Awards. A garrafa de licor IZZI foi a proposta vencedora do concurso. O projeto vencedor foi selecionado pelo júri constituído por Dani Nebot, Juan Mellen, Olaia Irulegi, Marcelo Leslabay e Asier Etxebarria. No site do concurso referem que o júri destacou “a comunicação da marca e a geração da perceção de valor da embalagem, que é inspirada pelas tendências de bebidas de primeira qualidade em mercados como o asiático.” O júri considerou ainda que do “ponto de vista técnico” o produto “tem potencial para ser industrializável, e em referência à sustentabilidade, a embalagem está empenhada na utilização de uma cor escura para conter mais material de vidro reciclado (…).” O prémio de Catarina Santos pela conquista deste 1º lugar no Vidrala Masterglass-Design Awards é uma viagem à Feira do Mobiliário de Milão em 2023.

A segunda classificada no concurso, Beatriz Tejo, aluna do mesmo curso da ESEC, foi distinguida com uma menção honrosa pela sua proposta de garrafa de licor, a COSMO. Esta embalagem destacou-se por ter uma “linha limpa e gráficos bem trabalhados” que apesar de apresentar uma forma de vidro tubular é complementada pela pega.

A Vidrala é uma empresa espanhola líder no design e fabricação de recipientes de vidro que realiza anualmente o Master Glass Design Contest, com o objetivo de encontrar projetos que se adaptem à sua identidade: sustentáveis ​​e comprometidos. As propostas a apresentar a concurso deveriam dar especial atenção ao ecodesign, a sustentabilidade e o ambiente era o ponto de partida para as propostas.

Os trabalhos foram desenvolvidos no âmbito da unidade curricular de Oficina de Design, do 2º ano da licenciatura em Arte e Design, sob a orientação da docente Sílvia Espada. Destaca-se ainda que todos os alunos de Oficina de Design apresentaram propostas ao concurso, tendo sido selecionados para o Top 10, sete trabalhos desenvolvidos pelos alunos Beatriz Tejo,  Catarina Santos, Catarina Milheiro, Daniela Homem, Humberto Costa, Mafalda Machado e Rafael Pereira.

“Este concurso ensinou-me que mais vale perder umas horinhas de sono, do que entregar um trabalho incompleto

Catarina Santos soube que tinha vencido o Vidrala Masterclass Awards através de um grupo da turma nas redes sociais, confirmou no perfil da Vidra e “ainda sem acreditar no que me diziam, nem no que via” verificou o email e tinha uma notificação a anunciar que tinha ficado em 1º lugar”, refere.

A seleção passou por várias fases, depois de saber que o júri a tinha incluído no top 10 dos melhores projetos, realizou uma apresentação do projeto, perante um júri.

O seu irmão David foi a primeira pessoa a quem contou, de seguida, contou a amigos e restantes familiares. De seguida, partilhou nas redes sociais, “não só mostrar a minha vitória, como para relembrar a existência do concurso, e incentivar alunos a participar neste, e em mais concurso, pois desta forma, é possível chegarmos mais longe”, acrescentou.

Após ser lançado o desafio para a participação no concurso pela docente Sílvia Espada, no âmbito da Unidade Curricular Oficina do Design, consultou o briefing do concurso, realizou “alguma pesquisa e um moodboard sobre o estudo do mercado, os ideias da imprensa, métodos de produção, investigar produtos e conceitos”. Nesse trabalho prévio deparou-se com a “elegância, o luxo, a beleza de embalagens de perfume”, e foi a partir da estética das embalagens de perfume que se inspirou e que surgiu o seu projeto IZZI .

Para Catarina Santos “a participação neste tipo de concursos é muito importante para ganhar visibilidade e contactos para o futuro, mesmo que não sejam vencedores, pelo menos ganhamos reconhecimento, o nosso nome não passará despercebido, o nosso trabalho poderá chegar a mais pessoas, isso é sempre algo muito positivo para alguém na área das artes e do design”.  A vencedora do concurso acredita que “devemos sempre aproveitar todas as oportunidades” e partilha que a mãe sempre a ensinou que “o não está garantido”, e isso sempre lhe deu força para ir atrás do que queria. Por essa razão, Catarina Santos incentiva sempre “à participação em concursos, ao ganho de experiência e de aprendizagem. Este concurso ensinou-me que mais vale perder umas horinhas de sono, do que entregar um trabalho incompleto”, conclui.

Beatriz Tejo recebeu uma menção honrosa, uma distinção que considera ser “um feito pelo qual me orgulho e sinto imensamente grata, especialmente tendo em conta que enquanto competição estiveram colegas meus e futuros designers incríveis, cujos projetos se  demonstram igualmente especiais. A felicidade que esta oportunidade me proporcionou no final é incomparavelmente digna de menção.” Ao elaborar o seu projeto, teve sempre como objetivo “elaborar algo minimalista, simples e de fácil adaptação ao quotidiano do consumidor”.

Para Beatriz Tejo a participação em concursos é sempre uma mais valia como estudante de Arte e Design porque “para além de potencializarem as nossas capacidades de adaptação a briefings e prazos restritos, estas oportunidades conferem visibilidade aos projetos submetidos e aos futuros profissionais que os desenvolveram. Numa área tão competitiva como esta, conseguir-mo-nos destacar é absolutamente essencial para adquirir uma exposição considerável e, consequentemente, possibilitar o surgimento de mais oportunidades de trabalho”.