“A Noite da Lua de Sangue” em cena pelos alunos de Teatro e Educação

Noite da Lua de Sangue é o nome da peça que os alunos de Teatro e Educação da Escola Superior de Educação de Coimbra levam a cena entre os dias 2 e 11 de setembro 2021, na Oficina Municipal do Teatro.

Partindo da peça “Tambores na Noite” de Bertolt Brecht, os 15 finalistas do curso de Teatro e Educação da ESEC, no âmbito da unidade curricular de Projeto de Estágio, apresentam A Noite da Lua de Sangue, desenvolvida em colaboração com O Teatrão e sob a Direção do Docente António Fonseca.

A Noite da Lua de Sangue
2 a 11 de setembro 2021, 21h00
O Teatrão | Oficina Municipal do Teatro
Rua Pedro Nunes, Qta. da Nora

Informações e Reservas
239 714 013 ou 912 511 302
Preço único | 4€
Sessões com interpretação em Língua Gestual Portuguesa | 8 e 10 set 2021, em colaboração com Licenciatura em Língua Gestual Portuguesa da ESEC
M12 anos
Duração – 90 min. aproximadamente

SINOPSE

César e Glória preparam a festa de noivado da sua filha Ana. Em simultâneo, uma revolta rebenta no Bairro da Lua sob o signo de uma Lua de Sangue, assinalando um mau presságio noturno que determinará o destino de um romance eterno. Xavier regressa da guerra em Angola e o casamento de Ana com Simão vacila. A vida segue um percurso que não estava previsto, como quase sempre. O melhor? Quem sabe? A vida é que manda, é vencer ou morrer!


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Título – “A Noite da Lua de Sangue’’
Texto – Do Coletivo, baseado na peça ‘’Tambores na Noite“ de Bertolt Brecht
Interpretação – Afonso Abreu, Andreia Gonçalves, Carolina Andrade, Cristiana Viola, David Meco, Diogo Simões, Ermelinda Alves, Inês Nunes, Joana Silva, Luís Esteves, Mariana Ferreira, Mário Canelas, Rita Carina, Rita Costa, Rodrigo Gonçalves
Direção – António Fonseca
Assistência de Direção – Carolina Andrade
Desenho de Luz – Jonathan de Azevedo
Música Original – Do Coletivo
Apoio Musical – Cristina Faria
Apoio ao Movimento – Cristina Leandro
Operação de Luz – Anabela Rodrigues
Cenografia – Do coletivo com coordenação do professor Bartolomeu Paiva
Cenários e Adereços – Andreia Gonçalves, Cristiana Viola, David Meco, Ermelinda Alves
Figurinos – Inês Nunes, Joana Silva, Mariana Ferreira, Rita Carina
Grafismo – Paul Hardman (Teatrão)
Fotografia – Carlos Gomes (Teatrão) e Mário Canelas
Comunicação – Afonso Abreu, Diogo Simões, Luís Esteves, Mário Canelas e Margarida Sousa (Teatrão)
Produção – Carolina Andrade, Rita Costa, Rodrigo Gonçalves e Cátia Oliveira (Teatrão)
Interpretação Língua Gestual Portuguesa – Andreia Rodrigues, Luísa Gonçalves, Rafaela Silva e Pedro Oliveira
Construção de Cenário – Miguel Ferraz
Direção de Produção – Isabel Craveiro (Teatrão)
Classificação Etária – +12 anos


NOTA BREVE SOBRE BERTOLT BRECHT

Tambores na Noite é uma das primeiras peças que Brecht escreveu, ainda muito jovem, cerca de 20 anos, em rutura com os modelos então vigentes e inspirado, nas correntes literárias mais vanguardistas da época. Juntamente com as peças Baal e Na selva das cidades, ganhou o prémio da literatura alemã, Kleist Prize, em 1922.

Tem como pano de fundo a revolta espartaquista, ocorrida na Alemanha logo a seguir ao final da Primeira Guerra Mundial, onde as tensões sociais e políticas decorrentes da guerra rebentam. Brecht escreve a peça quando os acontecimentos se estavam a passar.

Na fase final da sua vida, quando trabalhou o conjunto da sua obra, ponderou apagá-la das suas Obras Completas, mas optou por fazer algumas alterações que não tivemos em conta nesta adaptação porque nos parece muito mais interessante a primeira versão, mais caótica, menos explicativa, mais cutânea.

Uma interpretação gestual levará o público a exercer uma operação crítica do comportamento humano – Peter Lorre


“A NOSSA LUA ESTÁ POSTA!”

Este projeto tem, desde o início, um carácter itinerante que visa levar a nossa peça a diversos palcos. Posto isto, apresentámos o Bairro da Lua, cantando e assobiando às janelas dos habitantes das localidades.

Com o soar do tambor, a harmonia da concertina e os acordes da guitarra, levámos, juntamente com as nossas vozes, o convite para partilharem connosco a história que queríamos contar. Este movimento festivo entoava dentro de cada pessoa fazendo com que aquele dia fosse mais especial e mais sorridente, mudando um pouco as suas rotinas quotidianas. Muitos dançaram, aplaudiram e pediram bis pelo encontro efémero e diferenciado destas arruadas onde tentámos incutir tanto a energia da peça como do bairro na alma de cada habitante.

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