Delegação do Projeto IMPAR em Cabo Verde para promover empreendedorismo feminino na economia social

Durante três dias, de 25 a 27 de junho, o Campus da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) recebeu uma delegação do Projeto IMPAR, no âmbito de uma formação sobre incubação e prosperidade de empresas sociais. Esta iniciativa, liderada pela coordenadora do Projeto e docente da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), Dina Soeiro, contou com a participação de representantes de universidades de Cabo Verde, Angola e Moçambique, além de parceiros europeus com experiência na área da economia social.

O Projeto IMPAR é coordenado pelo Instituto Politécnico de Coimbra (Portugal) e desenvolvido em parceria com a Universidade de Almeria (Espanha), a Universidade Eduardo Mondlane e a Universidade Pedagógica de Maputo (Moçambique), a Universidade de Cabo Verde e a Universidade do Mindelo (Cabo Verde), a Universidade Técnica de Angola e a Universidade Independente de Angola, contando ainda com a Câmara Municipal da Praia como parceiro associado.

No encerramento da formação, Dina Soeiro, em declarações à Inforpress, defendeu que a criação de empresas sociais e sustentáveis por mulheres é essencial para reduzir as desigualdades nos países lusófonos. “Estamos aqui para preparar os serviços de incubação e de garantia que ajudarão os jovens a transformar suas ideias em empresas reais”, sublinhou.

Segundo a coordenadora do projeto, o objetivo central do IMPAR – Inovar para Empoderar as Mulheres como Promotoras da Economia Social Subsariana, é capacitar jovens mulheres com espírito empreendedor, dotando-as de competências e acompanhando a implementação dos seus projetos através das universidades parceiras.

A formação incluiu conteúdos sobre acesso a financiamento, aspetos legais, marketing e uso estratégico das redes sociais, elementos considerados cruciais para a sustentabilidade dos negócios.

“Queremos garantir que estes jovens tenham sucesso e que suas empresas sejam sustentáveis”, reforçou Soeiro, que também revelou a intenção de lançar uma nova edição do projeto: “Queremos lançar um ÍMPAR 2.2, que se alargue a outros países e a mais faixas etárias, porque sabemos que as mulheres africanas são empreendedoras ao longo da vida”, referiu em declaração à Inforpress.

O projeto IMPAR resulta de uma colaboração entre instituições universitárias e organizações da sociedade civil, visando criar oportunidades concretas para que mulheres africanas desenvolvam negócios com impacto económico, social e ecológico.

Mais informações sobre o projeto em https://projetoimpar.eu/