Estudante de Turismo destaca-se como autodidata em Artes Plásticas

José Cardoso, estudante da licenciatura em Turismo da ESEC, dedica-se à pintura como autodidata e o seu trabalho está a ser reconhecido a nível nacional e internacional.

Uma das suas obras foi selecionada para integrar a exposição “Coronavírus não destrói a criatividade”, inserida na “4ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2021”, que decorrerá de 17 de abril a 10 de julho de 2021, na antiga Companhia de Fiação de Crestuma, em Lever.

A exposição Coronavírus não destrói a criatividaderesultou de um desafio lançado aos artistas, convidando-os a abordar o tema da pandemia através da pintura ou de outras expressões artísticas, tendo contado com a candidatura de 176 artistas de oito nacionalidades.

O estudante foi ainda nomeado para o “Prémio Internacional de Art de Barcelona -Worldwide Artist Award Nominee” com a sua obra “Une cerise pour Milord“, cujo resultado será anunciado no dia 4 de dezembro de 2021, no Reial Cercle Artistic de Barcelona.

A pintura faz parte da vida de José Cardoso e admite que é a primeira coisa que faz quando acorda e a última antes de se deitar. Esquerdino de nascença foi “obrigado” pela professora da escola primária a escrever com a direita, “a minha caligrafia sempre foi má e, nas aulas de educação visual, era dos piores. Hoje, escrever, é das poucas coisas que faço com a mão direita”, refere. Apesar de ter uma grande admiração pelas artes plásticas, tal como pela música e pela literatura, “nem por brincadeira a praticava”. Só há pouco tempo, decidiu “concentrar-me e educar a minha observação, disciplinar o meu traço e fui praticando e ganhando prazer. Foi um processo que, tal como os processos de superação, custou muito, mas gratificou mais”.

Considera-se um “verdadeiro autodidacta” que progrediu tecnicamente com o objetivo de “libertar para o papel e para a tela as imagens que tenho na minha cabeça. O processo, digamos foi o de inicialmente observar e procurar representar o exterior, que vejo – mais realista, mais figurativo e representativo – para que agora consiga, mais facilmente, representar as imagens que formo na minha mente, a respeito da realidade que me rodeia e das narrativas que estas me sugerem”. “Sou a prova de que um tipo com má letra e a desenhar mal, pode sentir um profundo prazer na liberdade de criar, desenhando e pintando”, acrescenta.

A licenciatura em Turismo surgiu como “complemento a uma das vertentes profissionais que tenho”. Não ingressou em Turismo para conseguir emprego, mas como gosta muito de “organização de viagens temáticas para grupos de turistas com objetivos específicos”, o curso permite-lhe “aprender a desenvolver melhor esta apaixonante atividade”.

Para José Cardoso, conciliar a atividade de artista plástico com o curso “é fácil” numa Escola como a ESEC. Para o artista e estudante da ESEC, a maioria dos professores “são fenomenais”, “sempre dedicados e muito disponíveis para acompanhar os alunos e garantir que nos sentimos em condições para prestar provas e estimulando-nos a avançar”.

“A ESEC em si consegue dar-nos um ambiente de proximidade e conforto fundamental para que se sinta o conforto e a interajuda que os alunos necessitam – particularmente os trabalhadores estudantes, como eu. Já tive a experiência de estudar noutros Estabelecimento de Ensino Superior e sinto, realmente, uma diferença grande. A ESEC é uma espécie de ninho onde nos sentimos bem acolhidos e isso facilita muito na conciliação com as restantes atividades que temos de desempenhar”, conclui.

Os trabalhos de José Cardoso podem ser acompanhados em https://www.facebook.com/groups/artistaimperfeito/?ref=share ou https://www.artista-imperfeito.pt/